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// janeiro 11, 2022

Alguns aprendizados sobre facilitação online

Muitos colegas têm me questionado sobre quais são as competências necessárias para um Facilitador no ambiente online.

Tenho defendido que o contexto Covid-19 é diferente de tudo que experimentamos até hoje (o home office virou home tudo) e isso colocou a todos no contexto de aprendiz, pois o que sabíamos até então se tornou obsoleto.

Assim, resumo a seguir alguns aprendizados que obtive nas experiências de facilitação durante a quarentena:

1) Sai o jogo de cintura e entra o planejamento: todo o Facilitador sabe que o jogo de cintura é fundamental para o seu sucesso. No online ele também é necessário, porém fica em segundo plano quando falamos da necessidade de planejamento e preparação. Uma interação de 2 horas vai exigir de você um bom tempo de estudo, planejamento minuto a minuto e a construção de um plano A, B e C.

2) Meio é diferente de Método: não adianta querer pegar seu treinamento presencial e replicá-lo no online. Zoom, Meeting, etc., são apenas meios de transmissão. É preciso ter metodologia e saber qual se aplica nesse meio.

3) O tempo não passa, ele voa! A percepção de tempo é completamente diferente no ambiente online, assim como a dinâmica. É preciso que as pessoas parem para se escutar e não tem tanta oportunidade de conversar com o colega do lado, isso prolonga o tempo das interações e reduz o processo de autorregulagem do grupo. Assim é preciso quebrar as interações em pequenos encontros, idealmente de 2 horas de duração e ampliar a experiência de aprendizagem a estratégias não síncronas, como interações no WhatsApp, envio de e-books, proposta de desafios, atividades, etc.

4) Nunca foi tão necessário saber sintetizar. No presencial falar demais é um problema, já no online é a morte. É preciso escolher bem a abordagem e sintetizar bem o conteúdo que se pretende abordar. As pessoas não prestam atenção por períodos maiores que 18 minutos (essa é a lógica dos vídeos do TED) e a atenção só se mantém se o assunto for relevante. Tirar gorduras e escolher abordagens mais atraentes, como o storytelling, são fundamentais.

5) O maior desafio é o ENGAJAMENTO. Exato, não é a tecnologia ou a fluência digital dos participantes. Engajar é que é difícil. Não basta apenas convidar as pessoas para a sessão. Mais do que nunca é preciso pensar na experiência como um todo, no antes, durante e depois. Começar bem a interação é fundamental (pense por si mesmo, quantas Lives você abandonou nos primeiros 10 minutos porque não deixaram claro que valia a pena ficar por lá?). Se você procura um modelo de engajamento banaca, pode usar o ENGAGE da Vicky Halsey.

Tem alguns outros aprendizados, mas preciso voltar a trabalhar, porque quarentena = trabalhar quarenta vezes mais (risos).

E você, o que aprendeu? Compartilhe aí nos comentários.